Um dos testemunhos mais lindos que ja li.




O que relato aqui são sentimentos de uma existência, de uma vida que não conhecia a VERDADE e que vivia por ser somente uma pessoa e mais nada. Mas através do amor de DEUS e Sua misericórdia por mim, e tenho a certeza, que por você também, descobri a maravilha de que fomos formados para o louvor da GLÓRIA DE DEUS.

Foi assim...

Via-se chegando ao portão daquela rua um quintal muito comprido onde avistava-se entre os matos daquele quintal uma casinha muito pequenina. Lá moravam um casal com dois filhos e a esposa estava esperando o terceiro filho que estava sendo para ela uma gravidez de alto risco, porque na gravidez anterior ficou em coma sete dias e foi aconselhada pelo médico a não engravidar mais. Lá nesta humilde casa dormia a mulher grávida enquanto o pai soltava pipa com seus dois outros filhos em um terreno baldio ao lado da casa. Em dado momento, o pai olhou para a sua casa e avistou a cozinha em chamas e correu em direção a janela do quarto, onde sua esposa dormia. Chegando lá, a encontrou pronta para pular a janela e ele a pegou em seus braços e com o susto ela entrou em trabalho de parto e foram para o hospital, e às dezoito horas no dia seis de outubro eu nasci, pesando três quilos, medindo cinqüenta centímetros. E cresci naquele quintal com meus dois irmãos mais velhos e mais dois irmãos que nasceram depois de mim. Éramos cinco sendo quatro homens e só eu de menina que também era um verdadeiro moleque, vivia correndo, soltando pipa, subindo em árvores, pulando corda e tantas outras brincadeiras comuns a uma criança que só tinha irmãos homens.
Há momentos irmãos amados que despertamos para ver quem é o nosso pai, nossa mãe, onde vivemos, o que é lá fora e comecei a prestar atenção a estas coisas muito cedo porque via a mamãe chorar muito e fui querendo saber o porque de tantas lágrimas, pois afinal nós éramos uma família, o que estava errado?
Eu não sabia, fiquei atenta para a nossa vida familiar e observava que o meu pai quase não ficava em casa, as brigas eram porque ele jogava baralho, corrida de cavalo, pôquer, rifas, enfim, todo tipo de jogo que poderia proporcionar a ele dinheiro fácil, ele arriscava. Irmãos... Dos meus seis anos de vida, onde comecei a perceber em que mundo eu vivia, doía a minha alma. Minha mãe é hipertensa severa, ficou grávida pela sexta vez e fiquei feliz porque queria brincar de coisas de menina e o bebê seria o meu bebê. Mas a mamãe teve a terceira crise hipertensiva e o meu irmãozinho veio a falecer. Fiquei muda quando soube, esperei minha mãe em casa, arrumei a casa toda, coloquei flores do quintal na sala esperando eles chegarem do hospital e a mamãe veio com os braços vazios. Fiquei dois dias sem comer e ninguém notou o meu sofrimento, absorvi aquela dor sozinha, todos brincavam, corriam e eu sentia saudades... saudades do meu irmãozinho que nem sequer pude colocar em meus braços.

E as lutas continuavam, sendo criada em um meio espírita onde do meu lado paterno existiam sete babá de terreiro (líder de casa de macumba). Eram de várias linhas, quimbanda, candomblé, umbanda e Kardecismo. Já os meus avós maternos eram de pura feitiçaria maligna e Kardecismo, salvo o meu avô materno que lia a Palavra de Deus, mas não congregava em nenhuma Igreja.
Estudei porque queria algo melhor para mim, e caminhava de Realengo, perto da Faculdade Castelo Branco até a Ponte de Bangu a pé, e muitas das vezes debaixo de sol quente de verão e com fome. Queridos irmãos, faltava o que comer, o que vestir, senti muito frio. Na minha poltrona onde dormia era feita de molas que machucavam as minhas costas, dormia com muito frio. Havia goteiras, não tínhamos água encanada. Para chegar até o portão era uma dificuldade, porque era muita lama quando chovia e mato. O meu pai nada fazia para melhorar a não ser a esperança de ganhar no jogo e ele não sabia onde estava a nossa verdadeira ESPERANÇA.
Aos quatorze anos comecei a fazer unha ( manicura ) de porta em porta e com esse dinheiro que eu e meus irmãos ganhávamos, fazíamos as compras na medida do possível. Passaram alguns anos, e com dezoito anos consegui passar em um curso de asenssorista e foi trabalhar na Embratel e ali pagava o meu curso normal. Tristeza minha é que meus irmãos se profissionalizaram, mas não quiseram mais estudar e nesta época eu trabalhava de dia e estudava à noite e era” filha de santo” de um terreiro de macumba e lá eu não queria mais ficar, trabalhava com cobras, bebidas que não gostava de beber e quando o demônio saia de mim ficava com gosto de cigarro e bebida em minha boca e não gostava. Já falavam que eu era futura babá de terreiro, mas eu discutia com a mamãe dizendo que aquilo tudo era pré-hitórico. E houveram tantas outras lutas, mas agora quero falar de como descobri que JESUS já me conhecia desde o ventre da minha mãe, afinal ELE testificou isto para mim cuidando da gravidez da minha mãe, nos protegendo do incêndio e que cuida de nós e cuidará até os nossos últimos dias.
Com muita luta namorei, porque o meu objetivo era não casar, queria cuidar do meu pai e da minha mãe até o fim de suas vidas. Descobri lendo a Palavra de Deus que eu já a praticava em alguns aspectos quando o Senhor diz : Honra teu pai e tua mãe para que teus dias sejam prolongados.
Comecei a namorar o meu marido com dezesseis anos e só fui me casar quando conseguimos comprar o nosso apartamento, móveis e também o carro e me casei com vinte e sete anos, mas confesso que só queria me casar com trinta anos. Terminei a faculdade, fiz mais alguns cursos, fui professora, e já trabalhava como fisioterapeuta e instrumentadora cirúrgica. Daí em diante, acredito eu, que o Senhor continuou a me observar mais de perto. O apartamento onde morava era no décimo andar e de lá se via a Barra da Tijuca quase toda. Muitas das vezes chegava em casa de madrugada devido a cirurgia de urgência e caminhava até a janela e via a noite estrelada, e ali sentia a presença de Deus e falava com ELE:
Deus! Que saudade de algo que nunca tive?
E esse sentimento ficava dentro de mim, incomodava, mas não sabia o que era e resolvi sair do centro de macumba que fazia parte. Fui em busca de algo que não sabia o que era. O meu casamento estava ruim, com dois anos de casada já estava arrependida de ter me casado. Engravidei do primeiro filho e tudo ficou melhor e três anos depois engravidei do segundo. Algo estava errado, continuava errado.
Fui para o budismo, não deu certo; fui para o frei Luis, não deu certo; fui para a igreja carismática e também não deu certo. O meu casamento estava horrível e continuava em busca de algo que nunca tive, não sabia explicar. Em um determinado dia conheci no consultório onde trabalhava na Barra da Tijuca, um homem que entrou na minha mente e fiquei assustada. O diabo me mostrava tudo, até a vida das pessoas, as enfermidades nas cirurgias, tudo eu via e operava, naquele consultório. Passei a ser o guru da equipe e isto me incomodava, todos queriam o que eu via e sentia em suas vidas. Não era mais eu. Até o dia em que tive um sonho, quando vi meu irmão ser torturado, assassinado e ele mesmo me dizia no sonho o dia e o mês que morreria em uma favela com cinco homens. Acordei apavorada e percebi que foi um sonho mau. Fiquei preocupada porque o demônio me mostrava tudo, então resolvi avisar o meu irmão que na época era militar. Ele ficou zangado comigo, porque fiz com que ele dormisse com armas pela casa toda. No sonho, irmãos, ele morreria no final de fevereiro que era carnaval e o meu irmão viajou e nada aconteceu. Na primeira semana de março, assim que ele voltou , foi assassinado. Irmãos, fui até a janela do meu quarto, olhei lá para baixo e confesso, senti vontade de acabar com a minha vida, não suportava tanto sofrimento, ver minha família, minha mãe sofrendo, na época operada de pouco tempo. A cirurgia dela abriu toda, infeccionou. Meu pai pegou a arma dele (também era militar) e saiu de porta afora dizendo que iria achar um por um e tudo caminhava de mal a pior.
O meu marido entrou em falência no escritório, ficou com várias dividas. Era tudo tão confuso, várias pessoas ligavam para minha casa cobrando, dividas no banco e outras. Nesta época já morávamos em um bom apartamento mas não conseguimos sequer montá-lo todo. Vendemos um carro e não foi o suficiente, até que um dia um homem ligou para minha casa e ameaçou meus filhos de morte se ele não pagasse determinado valor da dívida. Pedi explicações ao meu marido e ele falou que eu não tomasse partido disso, que isto era problema dele. Como irmãos?! Uma mãe ficaria tranqüila sabendo que alguém poderia molestar seus filhos? E a situação ficou horrível. Até que resolvi sair de casa e fui morar em um apartamento de uma amiga, pagando apenas o condomínio. Fiquei neste apartamento oito meses. Meu Deus. Só JESUS! Ali tive que sustentar a casa e perdemos tudo. O meu marido ficou morando na rua, não podia ficar conosco, porque queriam pegá-lo para fazer pagar as dívidas. O meu filho mais velho com cinco anos e meio bateu na empregada, quebrou algumas coisas dentro de casa, eu fui ficando doente, duas hérnias de disco, emagreci dez quilos, fiquei com afecções de pele com manchas mais claras do que a minha cor normal no corpo, meus cabelos caíram e o pouco que sobrou, acinzentaram.
No trabalho o meu chefe queria os meus ossos. Passei a depender do meu próprio trabalho. Vendia peças íntimas, fazia massagens em domicilio, instrumentava, vendia plano de saúde e trabalhava no consultório médico, estava uma confusão só. Mas como eu ia dizendo, neste consultório médico na Barra da Tijuca, este homem entrou na minha mente e falou comigo, fiquei curiosa com aquela experiência e logo depois ele me fez o convite para ir até a casa dele porque queria fazer o meu mapa astral juntamente com sua mulher. Irmãos... Quando a PALAVRA DE DEUS nos alerta para vigiarmos e orarmos constantemente é porque o diabo é oportunista e verdadeiro ladrão.
Marquei o dia e fui à casa deles que ficava na Barra da Tijuca. Ele fez o meu mapa astral, falou aquelas mentiras de satanás e me convidou para fazer um curso de tarô e fiquei interessada. Na primeira aula do curso ele ensinou as cartas e logo após o intervalo ele pediu que jogassem uns com os outros para avaliar o grau de conhecimento de cada um. Tamanha surpresa minha o diabo me usou sabiamente naquelas cartas e tudo voltou novamente. Comecei a ter amizades naquele meio por interesse e continuava sendo o gurú do grupo. O que mais me surpreende hoje é saber que naquele grupo existiam profissionais esclarecidos como médicos, psicólogos, engenheiro e outros. E totalmente, como eu, analfabetos da PALAVRA DE DEUS.
Até que um dia recebi um convite deste homem para fazer parte de uma irmandade a qual ele pertencia e fiquei curiosa para conhecer. Esta irmandade ficava em sua própria casa escondida em um espaço, que só chegaria até lá quem conhecesse o caminho. Eram portais de madeira maciça de mais ou menos dois metros de altura. As maçanetas dessas portas eram de bronze medindo mais ou menos noventa centímetros e antes de entrar havia um homem em pé, que ficava paramentado de vestes longas, com capuz, onde não poderíamos identificar quem estava por trás daquelas vestes. Usava também uma espada, tipo aquelas usadas em filmes de guerra de tribos árabes. E este homem se dizia “o guardião do tempo”.
Um certo dia trabalhando no consultório, ouvi uma voz que dizia ser Margarida, filha do casal bruxo, que ainda estava no ventre da mãe com oito meses de gestação. Ela me falava para avisar ao seu pai para ele ficar preparado, porque ele iria ter uma perda afetiva muito grande. Fiquei pensando sobre isto e na reunião da irmandade falei sobre o que me foi dito. Ele relatou que em sua casa havia uma vovó muito velha e doente e que talvez fosse essa perda que a Margarida queria avisar. Após alguns dias fui incomodada outra vez pela suposta voz da Margarida e comecei a psicografar. Ali ela se despedia de mim deixando uma mensagem para ser entregue ao seu pai. Assim que terminei de psicografar, este bruxo ligou para mim chorando muito e dizendo que estava no hospital e que a sua filha Margarida havia falecido no ventre de sua mãe. Irmãos... Já não tinha mais o que fazer ou pensar, só me perguntava o porque disso tudo, se nada podia fazer para mudar estas situações. Nesta época fui ordenada a primeira sacerdotisa nesta irmandade no Brasil que pertencia a um mágico e mago muito famoso, que tinha a mesma irmandade fora do país.
O “grão –mor” queria usar os meios que satanás me usava para propagar a irmandade no Brasil, mas em um dado momento sua esposa ficou furiosa com isso e começou a ter atritos com o bruxo. Nesta confusão ele descobriu que sua esposa estava fazendo uso de drogas, onde foi confirmada a causa morte de sua filha. Houve muita confusão e sua esposa quebrou toda a irmandade e ele foi embora para outro estado e a irmandade acabou.
Nesta época o meu marido estava trabalhando como zelador de uma vila, então o coloquei na vara de família para pagamento de pensão para as crianças. Não realizando isto pedi a ordem de prisão, confesso irmãos que eu já não sabia mais o que era certo ou errado, não sabia mais avaliar a minha própria vida. Minha advogada e amiga há mais de sete anos pediu que eu conversasse com ele primeiro antes de dar a voz de prisão, mas disse a ela que não cairia na conversa dele porque as pessoas falavam que ele estava assistindo a cultos na Igreja Evangélica Batista no Campo dos Afonsos. Comentei com ela que agora ele iria virar santinho.
Bem mais tarde, minha advogada e amiga ligou para mim e disse que queria falar comigo pessoalmente. Marcamos um almoço, e lá contou que era evangélica há quatro anos, para surpresa minha. Ela nunca falou, mas sempre orava por mim por ver tantas lutas em minha vida e que sabia que um dia poderia falar de JESUS para mim e me fez o convite para falar com o Pastor de sua Igreja. Tudo aquilo era um mundo desconhecido e esquisito para mim, mas marquei o dia e hora para falar com o Pastor, achei que não perderia nada em falar de uma visão diferente da que vivi por tanto tempo.
O nosso primeiro apartamento ficou desocupado. Entreguei as chaves do apartamento de minha amiga e voltei para o nosso antigo apartamento. Quando lá cheguei encontrei embaixo da porta uma carta da Caixa Econômica avisando do leilão desse apartamento. Não acreditei, fui no dia seguinte à Caixa Econômica e negociei. Tinha que pagar naquele dia cinqüenta por cento daquela divida ou entraria no dia seguinte em leilão. Saí sem dinheiro para pagar, mas dali mesmo liguei para duas amigas perguntando se poderiam me emprestar o dinheiro sem data para pagar, e elas me emprestaram. Fiquei na rua esperando elas depositarem em dinheiro na conta do Banco e assim foi feito. Trabalhei como nunca, porque durante seis meses, todo o mês tinha que depositar três meses das prestações e ainda com pessoas me seguindo para tentar encontrar o meu marido. Eu, todos os finais de semana, saía bem cedo para casa de meus pais. Idosos e doentes não sabiam a metade do que estava passando, até que um dia, vindo para casa com o meu carro e com as crianças, parei no sinal e senti cheiro de borracha queimada. Olhei o painel do carro e ao redor e não vi nada, mas quando passei a primeira marcha do carro, subiram labaredas de fogo tão altas do motor dando tempo apenas de retirar meus filhos para fora. Não entendi nada. Estava sem seguro e sem carro para sair de madrugada para instrumentar cirurgias. Meus filhos ficaram apavorados, e chegando em casa, procurei ficar bem calma e dizia que carro era assim mesmo, conseguindo acalmá-los para dormir. Neste apartamento só havia fogão, geladeira, uma pequena televisão e uma cama onde todas às noites dormíamos agarradinhos, eu o os meus pequeninos. Naquela sala vazia coloquei uma camiseta em minha boca e chorei, chorei muito, porque não tinha tempo nem para chorar. Naquela noite o meu choro doía na alma, sei que sofrimento dói, mas eu não desisti de DEUS. Olhei para o céu e perguntei a DEUS porque ELE estava fazendo aquilo comigo se eu o amava tanto. Chorando adormeci ali mesmo.
Marquei o dia para falar com o Pastor. Foi no dia 23/05/98 na Igreja Congregacional do Primeiro Amor em Vila Valqueire, Pastor Jesaías dos Anjos. Foi um encontro muito engraçado porque achei que iria encontrar um Pastor de terno e gravata e muito sério. Ao contrário, encontrei um Pastor de chinelo, camisa pólo e bem sorridente. Fiquei mais à vontade para falar e falei, não é irmãos? Dá para notar o quanto falei e chorei também.
O Pastor me perguntou o que eu entendia de mundo espiritual eu respondi perguntando para ele, o que ele conhecia de mundo espiritual. Ele me falou de sua experiência de ter visitado o mundo espiritual, falou do que viu e como ficou depois do acontecido. Fiquei pensando muitas coisas ao mesmo tempo, de tudo que conheci e tudo que ouvia naquela hora. O melhor de tudo foi quando ele abriu a PALAVRA DE DEUS e falou dos dons espirituais. Naquele momento eu entendi o que o diabo queria fazer comigo. O véu foi rasgado e eu entendi as perguntas de tantos anos. Naquele momento, para o louvor da GLÓRIA DE DEUS eu aceitei JESUS. ALELUIA! ALELUIA! ALELUIA! GRANDE E FIEL É O SENHOR!
Naquela noite o meu marido estava em outra sala e o Pastor o chamou. Meu marido me pediu perdão e eu a ele. Falei ao Pastor que o perdoava, mas que no momento ele continuaria morando em sua casa.
Daquele dia em diante quis conhecer Jesus, já não sentia saudade de algo que nunca tive, porque agora eu tinha Jesus, o amigo que não mente, que gosta de você como você é, que te prepara segundo o coração DELE. Todas às noites conversava com o meu AMIGO e dormia abraçada à BÍBLIA. A PALAVRA era a minha segurança e garantia, e acreditava com todas as minhas forças. Passei a freqüentar a Escola Bíblica dominical todos os domingos com os meus filhos, e o Senhor foi preparando os nossos corações. Meu filho mais velho, na época com oito anos, estudava em uma escola de freiras e fazia catecismo aos sábados. Aos domingos ele ia para a classe da escola Bíblica Dominical da nossa Igreja. O SENHOR colocou no meu coração para, primeiramente, ter paciência comigo mesma, não me envergonhar das minhas falhas na convivência com os irmãos, que por sinal sou muito grata a este povo que tanto me ajudou e continuam sendo verdadeiros irmãos em CRISTO. E ter paciência com os meus filhos e marido. Então em conversa com o meu filho pedi que optasse pela religião que queria seguir, porque na igreja católica ele iria fazer a comunhão, e para a GLÓRIA de DEUS ele escolheu ficar no nosso meio.
Passados alguns dias fizemos uma reunião, eu, meus filhos e JESUS. Resolvemos buscar o papai da casa onde morava. Chegando lá vimos onde dormia. Era em uma porta, com uma colcha de retalho em cima. A casa era muito velha e cheia de insetos e colocamos somente suas poucas roupas no carro. Fomos embora dali o mais rápido possível. Já ia me esquecendo, o SENHOR me abençoou com um carro que dava para trabalhar nos horários de cirurgias de urgência noturna.
A nossa adaptação foi difícil. Eu não sabia que a minha comida era tão gostosa, porque o meu marido comia tudo, e lá em casa era tudo contadinho. Tive que ter muita sabedoria para falar para ele que as coisas eram mais administradas, mas não queria deixá-lo em situação constrangedora. Ele fez inscrição em uma grande empresa onde havia somente cinco vagas para cinqüenta candidatos. Ele passou para GLÓRIA de DEUS em terceiro lugar, onde começou a trabalhar com afinco na espera de bons resultados.
Fizemos uma outra reunião em casa, eu, meu marido, meus filhos e JESUS. Decidimos pelo Batismo, eu e meu marido juntos, o que aconteceu em 12/07/98 e o SENHOR foi me ensinando a sua doutrina. Passei a fazer parte de um grupo de oração na igreja mas em um dado momento fui convidada a me afastar desse grupo, que poderia fazer parte só como ouvinte e acatei o que a irmã me falou, afinal quem era eu para dizer não. Quando cheguei em casa fui para o quarto, caí em pranto e falava para o SENHOR: - Meu DEUS, ali ainda não é o meu lugar, não sou digna de estar em sua casa? E chorava muito, o meu marido falava para que eu não ficasse assim, pedia que não desistisse do SENHOR. Disse para ele que eu não desisti do SENHOR, mas achava que ELE não me queria. Neste exato momento eu ouvi o Espírito de DEUS falar em meu ouvido: QUEM é o teu DEUS? EU ou ela? Então irmãos eu chorei mais ainda, porque ELE verdadeiramente me amava e naquela noite passei a amar mais ainda esta irmã, orava por ela e sua família, e um ano depois ela veio a mim e me pediu perdão. Não queria que me pedisse perdão, mas ela insistiu e naquele momento agradecemos a DEUS por tudo aquilo, porque não só eu, mas como ela aprendemos muito com o ocorrido. Aprendi também que o SENHOR permite várias provações em nossas vidas, porque ELE quer nos preparar mais ainda segundo os seus propósitos, e nós glorificamos o nome do SENHOR.
No mês de dezembro a minha classe foi montar uma barraca no SASE de Santa Cruz para ajudar as crianças que eram amparadas pela Igreja. Chegamos lá, montamos a nossa barraca, vendemos todo o nosso produto, agradecemos ao SENHOR e entregamos a doação para poder abençoar aquelas crianças. Estava sentada perto de uma árvore observando aquele lugar tão lindo, quando vi uma mãe “emprestada” que adota dez crianças para cuidar no decorrer do dia. Ela abraçava aquelas crianças com tanto zelo e amor que fiquei comovida e abracei o meu marido e chorei muito. Neste pranto o espírito de DEUS falou ao meu coração claramente: - Irás cuidar dos meus pequeninos. Não entendi, mas chorei mais ainda. Chegando no domingo à igreja uma irmã, diaconisa e amiga contou que estava orando e que o SENHOR falou para ela que eu iria cuidar do departamento infantil. Em uma reunião no final do ano o SENHOR testificou aquilo que ele havia falado para mim. Irmãos... Foi uma experiência tremenda, até porque eu não tirava férias em meu trabalho, e o médico com quem trabalhava, me deu exatamente no mês de janeiro uma semana de folga que veio bater certinho com os dias da Escola Bíblica de Férias. Não tinha material nenhum para a EBF, a Igreja estava construindo um templo para o SENHOR JESUS. Fiz um voto com o meu SENHOR e falei para ELE que só havia no banco setecentos reais e que gastaria se preciso fosse tudo na EBF. Estava cheia de alegria na obra, e gastei os setecentos reais e pendurei mais alguma coisa, mas feliz, porque uma família aceitou JESUS. A igreja ficou cheia de visitantes, todos os dias o SENHOR me dava o roteiro das aulas. No domingo pela manhã fizemos o fechamento da EBF e pedi que cada criança colocasse um pedido em um pedaço de papel para a igreja orar no culto de domingo. Irmãos... Eram pedidos de crianças pedindo para o pai parar de beber, emprego para o pai, para a mãe voltar para casa e tantos outros, não consegui ler o resto, porque miserável que sou, porque não fazer mais? E o meu coração se enchia de sede de DEUS e quando terminou o culto da manhã o meu marido ligou para mim todo feliz fazendo o seu primeiro fechamento de negócio no seu novo emprego e ganhou quatro mil reais. Eu não sabia o que fazer com o SENHOR, só repetia : GLÓRIA! GLÓRIA!
Minha mãe depois que o meu irmão morreu não levantava mais da cama, vivia toda inchada, fraca e com incontinência urinária severa, até que um dia, consegui através do ESPÍRITO SANTO de DEUS levá-la à Igreja. Ela aceitou JESUS e ELE começou a operar cura. As hérnias de disco desapareceram do meu corpo, manchas e afecções de pele sumiram, meus cabelos ficaram lindos de novo e minha mãe começou a andar. Os problemas maiores desapareceram e estava até cantando no coral da Igreja. Foi batizada, cada neto seu aceitou a Jesus e hoje congregam em outras Igrejas. Das sete chefes de terreiro de macumba, duas já aceitaram JESUS e também congregam em outras igrejas. Onde moram as cinco outras chefes de terreiro de macumba, a neta aceitou JESUS e também batizou. JESUS plantou uma semente em cada lar.
Fomos para o nosso primeiro Retiro em 2000, levei a mamãe e o papai conosco e lá ele aceitou a JESUS. No mês de abril de 2000 a Igreja mudou para o seu próprio templo. Saímos do aluguel, a igreja estava muito feliz e no final do ano eu e meu marido fomos ordenados Obreiros. Ficamos felizes por estarmos envolvidos na obra cada vez mais, e o meu filho mais velho se batizou.
Alguns meses depois o SENHOR falou que eu preparasse a família porque ELE iria levar o papai. Chorei muito, mas obedeci ao SENHOR. Papai passou mal, e o levamos para o hospital onde ficou internado com diagnóstico de câncer no pulmão. Na semana seguinte, de madrugada, o SENHOR me acordou e mandou que fosse ver meu pai e fui imediatamente. Lá chegando, o papai estava sem oxigênio, sem o soro e olhou para mim e falou que JESUS esteve no seu quarto e que estava me esperando chegar, e disse que iria morrer naquele dia. Nós sabíamos disso. Ele me pediu para continuar cuidando da mamãe como sempre cuidei deles e que me amava muito e eu o beijei e disse-lhe que também sempre o amei. Nos despedimos, e papai faleceu naquele dia. No seu enterro eu chorava muito, não somente por sua morte, mas porque DEUS foi maravilhoso comigo e com ele. GRAÇAS a DEUS.
O SENHOR honrou o meu pai pós-morte, porque ele era militar da antiga Guanabara e brigava na justiça há anos para passar para a União. Foram três processos perdidos e estava fazendo abaixo assinado com os demais militares para irem a Brasília. Quando a mamãe juntamente com o meu marido foram tratar da pensão dela o oficial que era responsável por esta parte administrativa falou assim para a minha mãe: O seu esposo era da antiga Guanabara, então vou passar a senhora para a União. E o salário dela dobrou e eu passei a ter também direito a pensão. DEUS é fiel. Mamãe reformou toda a casa, trocou todos os móveis. Para ela hoje, GRAÇAS ao SENHOR não falta nada.
Hoje falo para o meu SENHOR para me usar para o que quiser e testifico isto no meu coração. Tenho, como tantos outros irmãos valorosos experiência com o SENHOR que só me fazem entender um pouco mais de sua PALAVRA. Uma vez, evangelizando em uma praça o SENHOR apontou em direção a um homem e mandou que eu fosse lá falar com ele, e fui. Quando olhei para aquele homem só vi a sua face que apareceu para mim de cor tão alva, chegando perto vi que era um mendigo e o meu marido pediu que eu tivesse cuidado, mas falei para ele que o SENHOR mandou cuidar dele. Então falei de JESUS para ele e o mendigo disse que JESUS não o queria. Falei para ele que isso era mentira, porque JESUS sempre me amou e que era muito bom. Convidei-o para ir a Igreja e me falou que estava sujo. Então falei para chegar mais cedo que iria arrumar roupa para ele, e ele foi a Igreja. Tomou banho, colocou roupas limpas e ficou congregando na igreja e morando na rua. O SENHOR me ajudou arrumar um emprego para ele, com o dinheiro conseguiu alugar um quarto e o SENHOR me ajudou a comprar roupas de cama e o que comer por alguns dias. Ficou pouco tempo conosco, resolveu ir para a casa da irmã em Raiz da Serra. Ele nos contou que era presbítero desviado. Chegando lá havia uma igreja que não tinha pastor e ele ficou cuidando daquela igreja a qual iam pessoas drogadas e necessitadas. O nosso DEUS quando ELE quer nos usar como instrumento para o louvor da GLÓRIA DELE, devemos obedecer de todo o coração porque ELE cuida de nós. Não importa o que você esteja passando, fique firme. Mesmo que você erre, peque, confesse o seu pecado e continue firme. Mesmo estando fraco, continue. Mesmo que o seu corpo não queira ir para a Igreja, você fala para ele que você vai.
Não importa a luta, o melhor lugar deste mundo é estar na Igreja e na presença de DEUS. Não importa o que você esteja fazendo, vá para a casa do SENHOR, porque só ELE é que nos sustenta, porque ELE é a VERDADE. Já fui visitada por um ladrão no meu trabalho e ele saiu de lá cheio de esperança em seu coração, aceitou a JESUS e quando tudo passou fui até a janela e agradeci ao SENHOR e ELE falou ao meu coração bem alto: - CRESCEI! Entendi que o SENHOR não me deu livramento, mas para aquele jovem. DEUS quer nos usar como instrumento par salvar vidas.
Quando aceitei JESUS, o médico onde trabalha começou a falar mal de mim, já trabalhava com ele a dezesseis anos, não queria aceitar a minha conversão, ele era e é espírita, falava para mim que seria castigada por largar tudo aquilo que eu tinha. Ficava olhando para ele e pensava: - Se ele soubesse o que fiz com as roupas e santos da macumba, o que ele iria pensar?! Joguei álcool e fogo naquilo tudo, livros, guias e joguei os restos no rio, GRAÇAS a DEUS. Ele não se conformava por eu ter me convertido e perdoado o meu marido. Passou a me humilhar no trabalho, pediu que ensinasse uma instrumentadora a prática da cirurgia e JESUS falava ao meu coração para ensinar com amor, porque ela iria tomar o meu lugar. Era represália e ofensa que este médico queria fazer comigo. E obedeci ao SENHOR sabendo o que iria acontecer. Fiquei somente no consultório e nada e perguntava do porque não me chamar para as cirurgias. O SENHOR mandava ficar somente fazendo o que ele me pedia com paciência e amor. Houve um dia em que ele jogou os papéis todos em meu rosto e gritou que eu não podia errar nada e nada também respondi. Até que no dia primeiro de março de 2000 pedi uma resposta ao SENHOR sobre este trabalho, orei dizendo ao SENHOR que se eu tivesse que passar por tudo aquilo, mas se fosse para a conversão daquele homem eu estava disposta a pagar o preço, se não fosse isto que me desse um sinal e comecei o meu jejum de não comer e nem beber de meia noite até ao meio dia do dia seguinte. Estabeleci horário na jornada de trabalho, comuniquei a ele que trabalharia de oito da manhã até as vinte horas, não mais. Irmãos foram vinte e um dias de jejum e no dia vinte de março de 2002 este homem não aquentou o meu silêncio e gritou comigo dizendo que eu não poderia sair naquele horário que eu deveria ficar no consultório até o último paciente sair, ou ficaria até as quatro horas da tarde e me pagaria a metade do salário, ou que eu fosse embora dali, olhei para ele e falei que o consultório estava cheio de pacientes e sai da sala e fui para a minha. Trabalhei até o último paciente sair e logo depois fui embora para casa. Fui para o meu quarto e clamei o SENHOR para que ELE no dia seguinte resolvesse aquela situação e pedi que colocasse na boca daquele homem o que ele queria para mim. Falei para o SENHOR que nós ainda dependíamos daquele dinheiro para suprir os compromissos, mas que o meu SENHOR já não mais o meu DEUS que diz FAZEI PROVA DE MIM, eu cria no que ELE iria fazer. Não tinha outra porta de emprego, mas tomei posição como um verdadeiro soldado. Acordei cedo, orei o local de trabalho, jejuando e orando abri a bíblia e pedi ao SENHOR para me acalmar e li o versículo que diz que os humilhados serão exaltados e os exaltados serão humilhados e orei. Passou alguns minutos ele chegou, não olhou para mim e começamos a trabalhar, ele, da mesma forma agressiva e ao final do dia perguntei para ele se as opções eram aquelas mesmas e ele gritou que sim e me disse que se não fosse assim que eu poderia ir embora e assim o fiz, quando peguei minha bolsa ele segurou o meu braço dizendo que eu tinha que ouvir tudo o que ele queria dizer, então olhei nos seus olhos e ele largou o meu braço. Sai dali trêmula e antes de pegar o elevador o meu celular tocou e quando atendi era um convite de emprego para trabalhar em uma clínica que iria inaugurar. Confesso que naquele momento não sabia o que pensar. Irmãos,... Não fiquei nem cinco minutos desempregada. No dia seguinte fui conhecer a clínica, decoramos e arrumamos tudo. O meu chefe tinha apenas vinte e cinco anos, comecei ganhando mais, com horário de almoço, de carteira assinada, com horário de saída e entrada e não trabalhava sábado e domingo. Era maravilhoso, estava livre para passear com os filhos, para os trabalhos da Igreja, enfim, fiquei bem, inauguramos a clínica no dia três de maio de 2000. Quando chegou em outubro me deram um espaço para fisioterapia e consegui até convênios para atendimento. Tudo ia bem, quando chegou em fevereiro de 2001. Fizeram uma reunião e me comunicaram que iriam dar baixa em minha carteira. Fiquei preocupada, perguntei se não estavam satisfeitos com o meu trabalho. Sorriram e me colocaram como Sócia. GLÓRIA a DEUS!
Durante este período muitas outras coisas aconteceram. O Departamento Infantil da Igreja está a cada dia uma benção, graças ao Senhor. Cuido na medida do possível da Feliz Idade da Igreja, onde algumas vovós louvam e fazem coreografia para o SENHOR, e de fé em fé vamos avançando o espaço.
Faço parte com outros irmãos de uma ONG - PRAMOS, onde sou secretária a serviço do REI. Estamos com vários projetos, GRAÇAS a DEUS. Hoje voltei a estudar, faço dois cursos de pós graduação, até porque quero me aprimorar mais para trabalhar na ONG - PRAMOS e no trabalho. A nossa clínica foi transferida para Barra da Tijuca. O meu sócio que trato como filho mais velho, onde procuro aconselhá-lo, está também fazendo pós graduação. Houve uma mudança completa em seu caráter. Ele ainda não se converteu mas já está noivo de uma médica evangélica, onde todos da família dela também são evangélicos e irá se casar na Igreja evangélica. OH! GLORIA!
O meu marido está bem no trabalho e procurando sempre estar na presença do SENHOR, e DEUS tem nos tratado. Os meus abençoados filhos, o maior está aprendendo a tocar violão porque gosta de louvar ao SENHOR, GRAÇAS a DEUS. O pequeno vai batizar no final deste ano, porque em minha casa só falta ele, GRAÇAS a DEUS. E continuo com os meus ideais de vida, na presença desse DEUS maravilhoso.
Jamais vou esquecer da misericórdia de DEUS em minha vida. ELE sempre me amou, e me deu meios para encontrá-lo. E nesta procura ELE já me ensinava os seus mandamentos.
Quando as pessoas me perguntam se estou firme com JESUS, costumo dizer que não só estou firme como também atracada para nunca mais soltar.


Pai santo e poderoso sobre todas as coisas, TU conheces todos corações, todos aqueles que não TE conhecem, TU os conhece. Pai, faz na vida do macumbeiro, do mendigo, do órfão, da viúva, do ladrão, do corrupto, enfim, Pai, de todos que ainda não Te conhecem, dá um caminho, mesmo que árduo, mas que eles possam Te ver. Pai, quebra corações duros, toda obra maligna e desvenda os olhos daqueles que não conseguem Te ver. PAI, faz o que fizeste comigo, e eu Te louvo por tudo que passei, porque entendi que se não fosse assim jamais teria encontrado tão grande amor por TI. ALELUIA! PAI, muito obrigado por esta oportunidade que me deste para falar de TI nesta Página. Meu SENHOR... Não tenho palavras para te agradecer. Ofereço o meu corpo, que é templo do ESPÍRITO SANTO para que possa usá-lo como instrumento para as tuas obras.
Eu encontrei teus altares SENHOR, REI meu e DEUS meu... Lembra deste louvor?
Querido DEUS, ao sermos abençoados por TI, nos dê a capacidade e o conhecimento de cada vez mais segurarmos as Suas bençãos. Esvazie o nosso eu e nos encha com TEU ESPÍRITO, segundo o TEU CORAÇÃO.
MEU PAI CELESTE, EU TE AMO. EIS- ME AQUI. AMÉM.


Testemunho de fé da irmã Neiva.