O PODER DA ESPOSA QUE ORA



O Poder

Em primeiro lugar, quero tornar perfeitamente claro que o poder de uma esposa que ora não é um meio para controlar o marido; portanto, não se alegre antes da hora! De fato, trata-se justamente do oposto. É desistir de todo o desejo de poder em você e para você, confiando no poder de Deus para transformá-la, assim como seu marido, suas circunstâncias e seu casamento.
Este poder não é concedido para ser usado como uma arma, a fim de amansar um animal teimo¬so. É uma ferramenta suave de restauração, obtida mediante as orações de uma esposa que deseja fazer o que é certo mais do que estar certa, e dar vida mais do que dar o troco. É um meio de convidar o poder de Deus a entrar na vida de seu marido para que ele tome posse da maior bênção, que em última aná¬lise é também a sua.
Quando meu marido, Michael, e eu nos casamos e surgi¬ram diferenças entre nós, orar não foi definitivamente o meu primeiro impulso. De fato, foi quase o último recurso. Tentei outros métodos primeiro, tais como discutir, suplicar, ignorar, evitar, confrontar, debater e, é claro, o sempre popular tratamento do silêncio, tudo isso com resultados menos que satisfatórios. Levei algum tempo para compreender que, orando primeiro, essas formas desagradáveis de agir podiam ser evitadas.
Quando você estiver lendo este livro, Michael e eu estare¬mos casados há mais de um quarto de século. Isso é quase um milagre. Não é certamente um testemunho da nossa grandeza, mas da fidelidade de Deus em responder à oração. Confesso que mesmo depois de todos esses anos, continuo aprendendo sobre isto e nem sempre é fácil. Embora talvez não tenha tanta prática em fazer as coisas certas como tenho em fazer as erradas, posso dizer sem reservas que a oração funciona.
Infelizmente, não aprendi como orar de verdade por meu marido até que comecei a orar por meus filhos. Ao perceber quão profundas eram as respostas de Deus às minhas orações por eles, decidi tentar ser tão específica e fervorosa ao orar por Michael. Mas descobri que orar pelos filhos é bem mais fácil. Desde o momento em que pomos os olhos neles, que¬remos o melhor para as suas vidas - incondicionalmente, de todo coração, sem quaisquer dúvidas. Mas, com o marido, nem sempre é assim tão simples - especialmente com alguém que está casado com você há tempos.
O marido pode ferir seus sentimentos, ser imprudente, despreocupado, abusivo, irritante ou negligente. Ele pode dizer ou fazer coisas que ferem seu coração como uma farpa. E cada vez que você começa a orar, percebe que essa farpa está infeccionando. É óbvio que não poderá entregar-se à oração da maneira como Deus lhe pede até que você a retire de seu coração.
Orar por seu marido não é o mesmo que orar por um filho (embora pareça a mesma coisa), porque você não é a mãe de seu marido. Temos autoridade, dada pelo Senhor, sobre nos¬sos filhos. Não temos autoridade sobre nossos maridos. Todavia, recebemos autoridade "sobre todo o poder do inimigo" (Lc 10.19) e podemos prejudicar muito seus planos malig¬nos quando oramos.
Muitas coisas difíceis que acontecem num casamento fazem parte na verdade do plano que o inimigo preparou para a sua dissolução. Mas podemos dizer:
— Não vou permitir que coisa alguma destrua meu casamento.
— Não vou ficar parada e ver meu marido deprimido, abatido ou destruído.
— Não vou permitir que a confusão, a falta de comunica¬ção, as atitudes e escolhas erradas prejudiquem o que esta¬mos tentando construir juntos.
— Não vou tolerar que a mágoa e a falta de perdão nos le¬vem ao divórcio.
Podemos tomar posição contra quaisquer influências negativas em nosso casamento e saber que Deus nos deu autoridade em seu nome para apoiar essa atitude.
Você possui os meios para colocar uma cerca protetora em volta do seu casamento, porque Jesus disse: "Em verdade vos digo que tudo o que ligardes na terra terá sido ligado no céu, e tudo o que desligardes na terra terá sido desligado no céu" (Mt 18.18).
Você tem autoridade em nome de Jesus para deter o mal e permitir o bem. Você pode entregar a Deus em oração o que quer que controle o seu marido - alcoolismo, excesso de trabalho, preguiça, depressão, enfermidade, mau gênio, an¬siedade, medo ou fracasso - e orar para que ele seja libertado dessas coisas.

Espere! Antes que Você Desista do Casamento...
Confesso desde já que houve uma época em que pensei em separação ou divórcio. Esta é uma revelação embaraçosa, porque não creio que qualquer dessas opções seja a melhor resposta para um casamento em dificuldades. Creio na posi¬ção de Deus a respeito do divórcio. Ele diz que não é certo e que isso o entristece. A última coisa que quero fazer é entriste¬cer a Deus. Mas sei o que é sentir o tipo de desespero que im¬pede que tomemos uma boa decisão. Experimentei o desâni¬mo que leva a pessoa a desistir de tentar fazer o que é certo.
Compreendo a tortura da solidão que deixa você desejando encontrar alguém que olhe para a sua alma e veja você.
Senti tamanha dor que o medo de morrer por causa dela me levou a buscar o único meio provável de sobrevivência: fugir da fonte da agonia. Sei o que é pensar em atos de deses¬pero quando não vemos qualquer futuro à frente. Dia após dia, as emoções negativas foram crescendo de tal maneira que a separação e o divórcio simbolizavam uma promessa de agradável alívio.
O maior problema que enfrentei em nosso casamento foi o gênio de meu marido. Eu e as crianças éramos os únicos obje¬tos da sua ira. Ele usava as palavras como armas que me dei¬xavam aleijada ou paralisada. Não estou dizendo que eu não tinha culpa, pelo contrário, tenho certeza de que era tão culpada quanto ele, mas eu não sabia o que fazer a respeito. Suplicava a Deus regularmente que tornasse meu marido mais sensível, menos zangado, mais agradável, menos irri¬tante, porém vi poucas mudanças. Será que Deus não estava ouvindo? Ou — como eu achava — ele favorecia mais o ma-rido do que a esposa?
Depois de alguns anos, sem que houvesse transformação, clamei um dia ao Senhor em desespero, dizendo: — Deus, não posso mais viver assim. Sei o que tu disseste sobre o divór¬cio, mas não posso permanecer na mesma casa com ele. Por favor, ajuda-me Senhor. — Sentei-me na cama, com a Bíblia na mão durante horas, enquanto lutava com o forte desejo de pegar meus filhos e sair de casa. Creio que por ter-me aproximado de Deus com toda sinceridade sobre os meus senti¬mentos, ele me permitiu visualizar claramente o que seria a minha vida se partisse: onde iria morar, como me sustentaria e cuidaria dos filhos, quem continuaria a ser meu amigo e, pior de tudo, como o divórcio afetaria meu filho e minha filha. Era um quadro horrível e indizivelmente triste. Se partisse, encontraria algum alívio, mas à custa de tudo que me era caro. Sabia que esse não era o plano de Deus para nós.
Enquanto ficava ali sentada, Deus também colocou em meu coração a idéia de que se pusesse deliberadamente a minha vida diante do seu trono, desistisse do desejo de ir embora e deixasse as minhas necessidades em suas mãos, ele me ensinaria a entregar a minha vida em oração por Michael. Iria mostrar-me como interceder realmente por ele como um filho de Deus e, durante esse processo, reavivaria meu casa¬mento e derramaria suas bênçãos sobre nós dois. Se superás¬semos essa dificuldade, estaríamos melhor juntos do que ja¬mais poderíamos estar separados e sozinhos.
Deus me mostrou que Michael estava preso numa teia do seu passado que o tornava incapaz de ser diferente do que era no momento, mas Deus me usaria como um instrumento para a sua libertação, se eu consentisse. Doeu bastante con¬cordar com isso e derramei muitas lágrimas. Mas, depois que concordei me senti animada pela primeira vez em anos.
Comecei a orar todos os dias por Michael, como nunca orara antes. Porém, a cada vez, tinha de confessar a dureza do meu coração. Vi como eu estava profundamente magoada e não queria perdoá-lo. Não quero orar por ele. Não quero pedir a Deus que o abençoe. Só quero que Deus envie um raio ao seu co¬ração e o convença de como ele tem sido cruel, pensei. Tive de re¬petir várias vezes: "Deus, confesso a minha incapacidade de perdoar meu marido. Por favor, livra-me completamente des¬sa atitude".
Aos poucos, comecei a ver mudanças ocorrendo em nós dois. Quando Michael ficava zangado, em vez de reagir ne¬gativamente, eu orava por ele. Pedi a Deus que me fizesse saber o que provocava a sua raiva. Ele fez isso. Perguntei en¬tão o que eu poderia fazer para melhorar as coisas. Ele me mostrou. A ira de meu marido tornou-se menos freqüente e ficou mais fácil acalmá-lo.
A cada dia, a oração trazia algo positivo. Não somos ainda perfeitos, mas progredimos bas¬tante. Não tem sido fácil; todavia, estou convencida de que vale a pena andar pelo caminho de Deus. É o único meio de salvar um casamento.
As orações da esposa pelo marido têm um efeito muito maior sobre ele do que as de qualquer outra pessoa, mesmo as da mãe dele. (Perdoe-me, minha sogra!) As orações da mãe pelo filho são certamente fervorosas, porém quando um homem se casa ele deixa os pais e se torna um com a esposa (Mt 19.5).
Marido e mulher formam uma equipe, uma uni¬dade, estão unificados em espírito. Aos olhos de Deus, a força do homem e da mulher, juntos, é muito maior do que a soma das forças de cada um dos dois, individualmente. Isto por¬que o Espírito Santo os une e dá mais poder às suas orações.
É também por isso que há tanta coisa em jogo quando não oramos. Você pode imaginar-se orando pelo lado direito do seu corpo e não pelo esquerdo? Se o lado direito não for sus¬tentado e protegido e por isso cair, o lado esquerdo cairá jun¬to. O mesmo se aplica a você e seu marido. Se orar por você e não por ele, você jamais encontrará as bênçãos e satisfação que deseja. O que acontece com ele também acontece com você; não se pode negar isso.
Esta união nos dá um poder de que o inimigo não gosta. É por isso que ele inventa meios de enfraquecê-lo, fazendo-nos cair na armadilha, quer seja através da baixa auto-estima, do orgulho, da necessidade de estar sempre certo, da falta de comunicação, ou mesmo cedendo aos nossos desejos egoístas. Ele lhe contará mentiras como: — Nada vai mudar; seus erros são irreparáveis; não há possibilidade de reconciliação; você seria mais feliz com outra pessoa. — Ele lhe dirá coisas nas quais poderá crer, porque sabe que, se conseguir fazer que você creia, não haverá futuro para o seu casamento.
Se crer em várias mentiras, seu coração aos poucos se endurecerá para a verdade de Deus. Em todo casamento desfeito, há pelo menos uma pessoa cujo coração endureceu-se contra Deus e, quando isso ocorre, não há visão da perspectiva do Senhor.
Quando somos infelizes no casamento, sentimos que qual¬quer coisa será melhor do que a situação em que nos acha¬mos. Mas não vemos o quadro inteiro. Só vemos as coisas como estão e não como Deus quer que se tornem. Quando oramos, porém, nossos corações tornam-se receptivos a Deus e passamos a enxergar. Vemos que há esperança. Temos fé em que o Senhor irá restaurar tudo que foi danificado, des¬truído e consumido no relacionamento conjugai. "Restituir-vos-ei os anos que foram consumidos pelo gafanhoto migra-dor" (Jl 2.25).
Podemos confiar no Senhor para remover a dor, o desâni¬mo, o endurecimento e a falta de perdão. Somos capazes de visualizar seu poder de ressuscitar o amor e a vida nos luga¬res mais mortos. Imagine a alegria de Maria Madalena quan¬do foi ao túmulo de Jesus na manhã após a crucificação e des¬cobriu que ele não estava morto afinal, mas fora ressuscitado pelo poder de Deus.
A alegria de ver algo irremediavelmente morto trazido à vida é a maior que podemos experimentar. O poder que res¬suscitou Jesus é o mesmo que ressuscitará o que está morto em seu casamento e o fará voltar à vida. "Deus ressuscitou ao Senhor e também nos ressuscitará a nós pelo seu poder" (1 Co 6.14). Esse é o único poder capaz de tal ato. Mas isso não acontece sem que o nosso coração busque a Deus e este¬ja pronto para confessar em oração, crescer durante os tem¬pos difíceis e esperar que o amor seja ressuscitado. Temos de passar pelo sofrimento, a fim de alcançar a alegria.
Você tem de decidir se quer que seu casamento vá em fren¬te e se esse desejo é forte o bastante para fazer tudo o que for necessário, dentro de parâmetros saudáveis, para que isso aconteça. Você tem de acreditar na restauração da parte do seu relacionamento que foi corroída pelo sofrimento, pela in¬diferença e pelo egoísmo. Você tem de confiar que aquilo que caiu sobre você - seja abuso, morte de um filho, infidelidade, pobreza, perda, doença grave ou acidente - pode ser libertado das garras da morte.
Você tem de resolver que tudo que está consumindo você e seu marido, tal como excesso de tra¬balho, alcoolismo, abuso de drogas ou depressão, pode ser destruído. Você tem de saber que tudo que se insinuou em seu relacionamento, silenciosa e furtivamente, de modo a não ser percebido como uma ameaça até que estivesse claramente à vista - tal como idolatrar sua carreira, seus sonhos, seus fi¬lhos ou os seus desejos egoístas - pode ser removido.
Você tem de confiar que Deus é suficientemente grande para realizar tudo isto e muito mais.
Se você acordar certa manhã com um estranho em sua cama e ele for seu marido; se experimentarem um afastamen¬to silencioso da vida mútua, cortando toda ligação emocio¬nal; se sentir um recuo implacável do amor e da esperança; se o seu relacionamento estiver num poço tão profundo de mágoa e ira que a cada dia o seu desespero cresce ainda mais; se cada palavra dita abrir mais o abismo entre vocês até que se torne uma barreira impenetrável que os mantém a quilômetros de distância um do outro, fique certa de que nada disso é da vontade de Deus para o seu casamento. A vontade de Deus é quebrar todas essas barreiras e tirar você do poço. Ele pode curar suas feridas e fazer o amor renascer em seu coração. Nada e ninguém mais pode fazer isso.
Mas você tem de levantar-se e dizer: — Senhor, oro para que esta luta termine e nos livremos das garras do conflito. Retira as mágoas e a armadura que vestimos para proteger-nos. Tira-nos do poço da falta de perdão. Fala por nosso inter¬médio, para que as nossas palavras reflitam o teu amor, paz e reconciliação. Derruba esta parede que há entre nós e nos en¬sina a atravessá-la. Capacita-nos a despertar desta letargia e encaminha-nos para a cura e inteireza que tens para nós.
Não desista do casamento. Peça a Deus para dar-lhe um marido renovado. Ele é poderoso para tomar o que você tem e torná-lo uma nova criatura em Cristo.
Maridos e esposas não foram destinados a brigar, afastar-se emocionalmente, viver um casamento falido, ser infelizes ou divorciar-se. Te¬mos o poder de Deus do nosso lado. Não precisamos deixar nosso relacionamento conjugai ao sabor do acaso. Podemos lutar por ele em oração e não desistir, porque enquanto esti¬vermos orando há esperança. Com Deus, nada estará tão morto quanto parece. Nem os seus próprios sentimentos.

E Eu? Eu Também Preciso de Oração
É natural entrar nesta maravilhosa aventura de oração ima-ginando se o seu marido vai orar um dia por você da mesma maneira que está orando por ele. Embora isso fosse certamente o máximo, não o tenha como garantido. Orar por seu marido será um ato de amor e sacrifício generoso e incondicional da sua parte. Você deve estar disposta a assumir este compromis¬so sabendo que é muito possível - e até bastante provável - que ele jamais venha a orar por você do mesmo modo.
Em alguns casos, ele talvez nem sequer ore. Você pode pedir que o faça e orar para que ele ore por você, mas não pode exigir isso dele. Isso, porém não importa; o fato de ele orar ou deixar de orar não é problema seu, é de Deus. Liberte-o então dessa obrigação. Se ele não orar por você, a perda dele será maior que a sua.
A sua felicidade e realização não dependem do fato de ele orar, mas sim de seu próprio relacionamento com o Senhor. É claro que as esposas também precisam de oração; mas estou convencida de que não devemos depender de nossos maridos como os únicos provedores dela. Na verdade, depender do marido como seu parceiro dedicado de oração poderia aca¬bar em fracasso e desapontamento para ambos.
Aprendi que a melhor coisa para o nosso casamento foi manter parceiras de oração com quem eu orava todas as se¬manas. Hoje creio que isto é vital para todo casamento. Se você puder encontrar duas mulheres fortes na fé em quem confie plenamente e com quem possa compartilhar os anseios do seu coração, marque um encontro semanal de oração. Isso irá mudar a sua vida. Essa atitude não significa, porém, que você tem de contar às suas parceiras tudo sobre seu marido ou expor os detalhes particulares da vida dele.
O propósito é pedir a Deus que tranqüilize o seu coração, mostre como você pode ser uma boa esposa, compartilhe os fardos da sua alma enquanto busca a bênção do Senhor para o seu marido.
É claro que, se houver uma questão com sérias conse-qüências e você puder confiar a suas parceiras de oração a natureza confidencial do seu pedido, não deixe então de com¬partilhar. Vi muitos casamentos acabarem em separação ou divórcio porque as pessoas eram orgulhosas demais ou temi¬am compartilhar seus problemas com alguém que pudesse orar por elas. Tudo parece bem entre o casal, mas, de repente, o casamento acaba.
Não deixe de enfatizar a natureza confi¬dencial do que você está compartilhando com suas parceiras de oração, mas não permita que o casamento acabe porque hesita em orar por ele com outras pessoas. Se tiver uma par¬ceira de oração que não consegue manter em segredo uma confidência, descubra outra pessoa com mais sabedoria, sen¬sibilidade e maturidade espiritual.
Mesmo sem parceiras de oração ou um marido que ore, quando você ora fervorosamente vê as coisas acontecerem. Antes mesmo de suas orações serem respondidas, as bênçãos de Deus recairão sobre você simplesmente porque está oran¬do. Isso se deve ao fato de ter passado tempo na presença de Deus, onde toda a transformação duradoura começa.

Uma Oração de Cada Vez
Não fique confusa com as muitas maneiras que existem para orar por seu marido. Não é necessário fazer tudo num só dia, numa semana ou até num mês. Deixe que as sugestões deste livro orientem-na e depois ore mediante a orientação do Espí¬rito Santo. Quando os problemas forem difíceis e requeiram uma ação direta, o jejum tornará suas orações mais eficazes. A oração através da leitura das Escrituras também se consti¬tui num instrumento de poder. Por isso, no final de cada capí¬tulo, incluí orações e algumas referências bíblicas.
Acima de tudo, não dê lugar à impaciência. Receber respos¬tas para as suas orações pode levar tempo, especialmente se o seu casamento tiver sido atingido de maneira profunda ou es¬tiver sob tensão. Tenha paciência em perseverar e esperar pela cura de Deus. Tenha em mente que vocês dois são imperfeitos. Só o Senhor é perfeito. Olhe para Deus como a fonte de tudo o que você quer para o seu casamento e não se preocupe sobre como isso irá acontecer. A sua responsabilidade é orar. A de Deus é responder. Deixe isso nas mãos dele.


Capítulo Um - Sua Esposa

A parte difícil para a esposa que ora, além do sacrifício do tempo, é manter um coração puro. Ele deve estar limpo diante de Deus para que você possa ver os bons resultados. É por isso que antes de orar pelo marido, deve-se começar a orar pela esposa. Se você sentir ressentimento, ira, incapa¬cidade de perdoar, ou tiver uma atitude ímpia, mesmo que haja uma boa razão para isso, terá dificuldade em obter respostas a suas orações. Mas, se puder entregar esses sentimen¬tos a Deus com total sinceridade e depois passar à oração, não há nada que possa mudar mais dramaticamente um casa¬mento. Algumas vezes as esposas sabotam suas próprias ora¬ções por não orar com o coração puro. Levei algum tempo para entender isso.

Minha Oração Favorita de Três Palavras
Eu gostaria de dizer que tenho orado regularmente por meu marido desde o começo do nosso casamento até hoje. Mas não fiz isso. Pelo menos não como estou sugerindo neste livro. É claro que orei. As orações eram curtas: "Protege-o, Senhor". Eram específicas: "Salve o nosso casamento". Mas, geral¬mente fazia minha oração favorita de três palavras: "Õ Se¬nhor, transforma-o".
Quando nos casamos, eu era recém-convertida, saindo de uma vida de grande escravidão e erro, e tinha muito que aprender sobre o poder libertador e restaurador de Deus. Pensei que me havia casado com um homem praticamente perfeito e o que não era perfeito era interessante. Com o pas¬sar do tempo, o interessante passou a irritar-me e o perfeito transformou-se em excesso de perfeccionismo. Cheguei à conclusão de que o que mais me irritava nele tinha de ser mudado e então tudo ficaria bem.
Levei alguns anos para compreender que meu marido ja¬mais se tornaria aquela imagem que eu idealizara. Foram ne¬cessários mais alguns anos para entender que eu não poderia transformá-lo a meu modo. De fato, só quando levei a Deus o que me preocupava é que comecei a ver alguma diferença. As coisas também não aconteceram da maneira como pensei que seriam.
Foi em mim que Deus trabalhou primeiro. Fui eu que comecei a mudar. Meu coração tinha de ser abrandado, humilhado, moldado, quebrantado e reconstruído antes que Deus sequer começasse a trabalhar em meu marido. Tive de aprender a ver as coisas segundo a perspectiva de Deus e não como eu pensava que deveriam ser.
Aos poucos, compreendi que é impossível entregar-se à oração por seu marido sem primeiro examinar o seu próprio coração. Eu não podia ir a Deus e esperar respostas à ora¬ção se abrigava em meu íntimo indisposição para perdoar, amargura ou ressentimento. Não podia fazer minha oração favorita de três palavras sem reconhecer no mais profundo da minha alma que tinha de fazer primeiro a oração de três palavras favorita de Deus: "Transforma-me, Senhor".

Quem, Eu?... Mudar?
Não diga que não a avisei. Quando orar pelo seu marido, em especial com a esperança de mudá-lo, é claro que você poderá esperar algumas transformações. Mas as primeiras mudan¬ças não serão nele. Serão em você. Se isto a deixar tão zangada quanto eu fiquei, você dirá: — Espere um pouco! Não sou eu quem precisa mudar nesta casa!
Mas Deus vê coisas que nós não vemos. Ele sabe onde há espaço para melhorar. Ele não precisa procurar muito para descobrir em nós atitudes e hábitos que estão em desacordo com sua perfeita vontade. Ele exige que não pequemos em nosso coração porque o peca¬do nos afasta de Deus e impede que nossas orações sejam res-pondidas. "Se eu no coração contemplara a vaidade (iniqüi¬dade), o Senhor não me teria ouvido" (Sl 66.18). Deus quer que nossos corações permaneçam retos, para que as respos¬tas às nossas orações não sejam prejudicadas.
Esta exigência é especialmente difícil quando você sente que seu marido pecou contra você com grosseria, desrespei¬to, indiferença, irresponsabilidade, infidelidade, abandono, crueldade ou abuso. Mas Deus considera os pecados de falta de perdão, ira, ódio, autopiedade, desamor e vingança tão nocivos quanto quaisquer outros.
Confesse essas faltas a Deus e peça que a liberte de tudo que não venha dele. Um dos maiores presentes que você pode dar a seu marido é a sua in¬tegridade. A ferramenta mais eficaz para transformá-lo pode ser a sua própria transformação.
Não se preocupe, eu também lutei contra tudo isto. De fato, toda vez que meu marido e eu chegamos a um impasse, Deus e eu conversamos mais ou menos assim:
— Está vendo como ele é, Senhor?
— Você está vendo como você é?
— Senhor, está dizendo que há coisas que gostaria de mu¬dar em mim?
— Muitas coisas. Está pronta para ouvi-las?
— Acho que sim.
— Diga-me quando estiver realmente pronta.
— Por que eu, Senhor? É ele que precisa mudar.
— O ponto não é quem precisa mudar. O ponto é quem está disposto a mudar.
— Mas, Deus, isso não é justo.
— Eu nunca disse que a vida é justa; mas, sim, que eu sou justo.
— Mas eu...
— Alguém tem de estar disposto a mudar.
— Mas...
— É importante preservar o seu casamento?
— Muito importante. As outras opções são inaceitáveis.
— Já apresentei o meu caso. Vamos começar mudando você.
— Ajude-me a tomar a atitude certa sobre isto, Senhor.
— Isso cabe a você.
— Tenho de orar por meu marido mesmo que ele não este¬ja orando por mim?
— É isso mesmo.
— Mas, isso não é... está bem, está bem, eu me lembro. A vida não é justa. O Senhor é justo!
(Um aceno silencioso do céu.)
— Desisto. Pode continuar. Oh, isto vai doer! Mu... mudar... Não acredito que esteja dizendo isto. (Suspiro fundo) — Pode transformar-me, Senhor.
Doloroso? Sim! Morrer para si mesma é sempre dolorido. Especialmente quando você está convencida de que a outra pessoa precisa de mais mudanças do que você. Mas, este tipo de sofrimento leva à vida. A outra alternativa é também dolo¬rosa e seu final é a morte de um sonho, de uma relação, de um casamento e de uma família.
Deus pode ressuscitar o casamento mais morto que existe, mas é preciso humilhar-nos diante dele e desejar viver do seu modo: com perdão, bondade e amor. Significa esquecer o passado e toda mágoa associada a ele e estar disposta a per¬der a discussão a fim de ganhar a guerra.
Não estou dizendo que você tenha de tornar-se uma pessoa sem personalidade, sentimentos ou idéias próprias, ou ser um saco de pancadas para os caprichos do seu marido. Deus não exige isso de você. (De fato, se estiver em qualquer tipo de perigo físico ou emocional, saia imediatamente da situação, vá para um lu¬gar seguro e peça ajuda. Você pode orar ali enquanto seu marido recebe o aconselhamento de que necessita.)
Submissão não é algo que se exija, mas deve ser prestado voluntariamente. Jesus disse: "Quem, todavia, perde a vida por minha causa achá-la-á" (Mt 10.39). Mas entregar a sua vida é algo que você faz deliberadamente e não algo que lhe é tirado à força. O que estou dizendo é que a sua atitude deve ser: "O que quer que queira, Senhor, mostre-me e eu o fa¬rei". Significa estar disposta a morrer para si mesma e di¬zer: — Transforma-me, Senhor.

A Linguagem do Supremo Amor
Algo surpreendente acontece em nossos corações quando ora¬mos por outrem. A inflexibilidade se desfaz. Tornamo-nos capazes de superar as mágoas e perdoar. Acabamos até aman¬do a pessoa por quem oramos. É milagroso! Isso acontece porque, quando oramos, entramos na presença de Deus e ele nos enche com o seu Espírito de amor.
Quando você ora por seu marido, o amor de Deus por ele irá crescer em seu coração. Você irá descobrir também o amor por você crescendo no co¬ração dele, sem que ele saiba sequer que você está orando a seu favor.
É por isso que a oração é a linguagem suprema do amor. Ela consegue comunicar-se de uma forma como nós não con-seguiríamos. Já vi mulheres que não sentiam mais amor pelo marido descobrirem que esses sentimentos vieram com o tem¬po, à medida que oravam. Algumas vezes elas se sentiram di¬ferentes logo depois da primeira oração sincera.
Falar com Deus sobre o seu marido é um ato de amor. A oração dá lugar ao amor, que gera mais oração, que, por sua vez, dá lugar a mais amor. Mesmo que a sua oração não seja feita por motivos completamente generosos, eles irão tornar-se menos egoístas à medida que a oração continuar. Você irá perceber que está sendo mais amorosa em suas reações. Nota¬rá que problemas que antes provocavam conflitos entre am¬bos deixarão de ocorrer. Vocês chegarão a acordos mútuos sem discutir. Esta unidade é vital.
Quando não estamos unidos, tudo desmorona. Jesus disse: “Todo reino dividido contra si mesmo ficará deserto, e toda cidade, ou casa, dividida contra si mesma, não subsistirá" (Mt 12.25). A oração promove unidade mesmo que vocês não estejam orando juntos.
Vi situações de grande tensão desa¬parecerem entre mim e meu marido simplesmente orando por ele. Também o fato de perguntar a ele: — Como posso orar por você? — gera um clima de amor e de cuidado. Meu marido geralmente pára e responde a essa pergunta detalha¬damente, quando poderia não dizer nada. Conheço até ma¬ridos incrédulos que respondem positivamente a essa per¬gunta das esposas.
O ponto em tudo isto é que, como marido e mulher, não queremos seguir caminhos separados. Queremos caminhar pela mesma estrada. Queremos ser companheiros profun¬damente compatíveis e sentir o amor que dura para toda a vida. A oração, como linguagem suprema do amor, permite que isso aconteça.

Eu Nem Sequer Gosto Dele - Como Posso Orar por Ele?
Você já ficou com tanta raiva de seu marido que a última coi-sa que queria era orar por ele? Eu já fiquei. E difícil orar por alguém quando você está zangada ou ele a magoou. Mas é exa¬tamente isso que Deus quer que façamos. Se ele nos pede para orar pelos nossos inimigos, quanto mais deveríamos estar orando pela pessoa com quem nos tornamos uma e devemos amar? Mas como superar a incapacidade de perdoar e a atitude crítica?
A primeira coisa a fazer é ser completamente honesta com Deus. Para derrubar os muros em nosso coração e quebrar as barreiras que impedem a comunicação, temos de ser total¬mente francas com o Senhor sobre os nossos sentimentos. Não precisamos "fingir" para Deus, pois ele já conhece a verdade e apenas quer ver se estamos dispostas a admitir e confessar nossa desobediência. Se agirmos assim, ele poderá trabalhar o nosso coração.
Se estiver com raiva de seu marido, conte isso a Deus. Não permita que o sentimento se torne um câncer crescente a cada dia. Não diga: — Vou viver a minha vida e ele que viva a dele. — Há um preço a pagar quando agimos independentemente um do outro. "No Senhor, todavia, nem a mulher é indepen¬dente do homem, nem o homem, independente da mulher" (1 Co 11.11).
Diga em vez disso:
— Senhor, nada em mim quer orar por este homem. Confesso minha ira, mágoa, incapacidade de perdoar, meu desapontamento, ressentimento e minha du¬reza de coração para com ele. Perdoa-me e dá-me um coração puro e um espírito reto diante de ti. Concede-me uma atitude nova, positiva, alegre, amorosa, perdoadora em relação a ele. Onde tiver errado, revela isso a ele e convence o seu coração nesse sentido. Leva-o pelos caminhos do arrependimento e da libertação. Ajuda-me a não me afastar dele emocional, mental ou fisicamente pela falta de perdão. Onde qualquer de nós deva pedir perdão ao outro, ajuda-nos a fazer isso. Se houver algo que eu não esteja vendo e que esteja fazendo aumentar este problema, revela-o a mim e ajuda-me a compreender. Remove qualquer motivo de mal-entendido que tenha gerado incompreensão ou falta de comunicação. Se houver um com¬portamento que deva mudar em qualquer de nós, oro para que o Senhor permita que essa mudança ocorra. Por mais que deseje manter a minha ira contra ele, por achar que é justificada, quero fazer a tua vontade. Entrego ao Senhor todos esses sentimentos. Dá-me uma sensação de amor renovado por meu marido e as palavras para resolver esta situação.

Se você se achar capaz, tente esta pequena experiência e veja o que acontece. Ore todos os dias por seu marido durante um mês, baseando-se, a cada dia, em um dos 30 motivos incluídos nos 30 capítulos deste livro.
Peça a Deus para der¬ramar as suas bênçãos sobre ele e encher vocês dois com o seu amor. Observe se o seu coração não se abranda em relação a ele. Note se a atitude dele também não muda. Observe se o relacionamento de vocês não está melhor. Se tiver dificuldade em assumir este tipo de compromisso em oração, pense no as¬sunto sob a perspectiva do Senhor.
Ver seu marido através dos olhos de Deus - não apenas como seu marido, mas como filho de Deus, um filho a quem o Senhor ama - pode ser uma grande revelação. Se alguém telefonasse e lhe pedisse para orar por seu filho, você faria isso, não é? Pois então, Deus está pedindo.

"Fique Quieta e Ore"
A Bíblia diz que há tempo para tudo. E isso nunca é mais ver-dadeiro do que no casamento, especialmente quando se trata do que dizemos. Há tempo para falar e tempo para ficar calada, e feliz é o homem cuja esposa pode discernir entre essas duas coisas. Quem quer que esteja casado há algum tempo sabe que há coisas que seria melhor não dizer.
A esposa tem a capacidade de magoar o marido mais do que qualquer outra pessoa, e ele pode fazer o mesmo com ela. Não importa a quantidade de desculpas, as palavras não podem ser apagadas. Elas só podem ser perdoadas, e isso nem sem¬pre é fácil. Algumas vezes, qualquer coisa que digamos só irá prejudicar o andamento daquilo que Deus quer fazer, portanto, é melhor calar-se e orar.
Quando Michael e eu nos casamos, eu não falava muito, mesmo se sentisse que algo estava errado. Depois que nosso primeiro filho nasceu, comecei a exteriorizar meus pensa¬mentos. Porém, quanto mais eu manifestava minhas objeções e opiniões, mais ele resistia e mais brigávamos. Tudo o que eu dizia não só não levava a nada com respeito às minhas in¬tenções, como tinha o efeito oposto. Levei anos para aprender o que milhares de mulheres aprenderam no correr dos séculos. Implicar não adianta. Criticar não adianta. Algumas vezes, só falar também não adianta. Descobri que a oração é a única coisa que sempre funciona.
A segurança que a oração lhe oferece reside no fato de que você precisa da mediação de Deus para fazê-la. Isto significa que você não pode livrar-se com atitudes, pensamentos ou motivos errados. Quando oramos, Deus revela em nossa per¬sonalidade aquilo que resiste à sua ordem das coisas.
Meu marido não fará algo que ele não queira e, se o fizer, os membros mais próximos de sua família pagarão por isso. Se há alguma coisa que eu realmente quero que ele faça, aprendi que devo orar sobre o assunto até que eu tenha a paz de Deus em meu coração para só então pedir. Às vezes, nessas ocasiões, Deus muda o meu coração ou me mostra um modo diferente de agir, não precisando, portanto, dizer nada. Se tenho que dizer algo, tento não falar impensadamente. Oro primeiro, pedindo a orientação de Deus.
Levei, porém, bastante tempo para entender isto. Num dia em que li o Provérbio: "Melhor é morar numa terra deserta do que com a mulher rixosa e iracunda" (Pv 21.19), por algu¬ma razão essas palavras tocaram um ponto sensível.
— Mas, Senhor — questionei —, e o Provérbio 27.5: "Me¬lhor é a repreensão franca do que o amor encoberto"? As es¬posas não têm de dizer aos maridos quando alguma coisa está errada?
Ele replicou: — "Tudo tem o seu tempo determinado, e há tempo para todo propósito debaixo do céu:... tempo de estar calado, e tempo de falar" (Ec 3.1,7). O problema é que você não sabe quando fazer uma coisa ou outra, e não sabe como fazê-la em amor.
— Está bem, Senhor — disse eu. —Mostre-me quando fa¬lar e quando ficar calada e orar.
A primeira oportunidade para isto veio na mesma hora. Eu havia começado um novo grupo de oração feminino em mi¬nha casa e as vidas se transformaram tanto que sugeri a meu marido que começasse um grupo assim com os homens. Mas ele não quis nem saber do assunto.
— Não tenho tempo — foi a sua resposta de desagrado com a idéia.
Quanto mais eu falava a respeito, mais irritado Michael fi¬cava. Depois de receber as instruções de Deus — "Cale-se e ore" — decidi tentar essa abordagem. Deixei de falar na ques¬tão e comecei a orar. Pedi também ao meu grupo de oração que orasse comigo.
Fazia mais de dois anos que eu deixara de mencionar o assunto a ele e começara a orar, quando Michael anunciou um dia, subitamente, que estava organizando um grupo semanal de oração para homens. O grupo continua se reunindo desde então e meu marido ainda não sabe que eu orei. Embora tenha levado mais tempo do que eu queria, o fato aconteceu. E houve paz na espera, o que não haveria ocorrido se não tivesse ficado calada.
Na Bíblia, a rainha Ester orou, jejuou e buscou o tempo de Deus antes de aproximar-se do marido, o rei, para tratar de um assunto muito sério. Ela não entrou correndo e gri¬tou: — Seus amigos marginais vão acabar com a nossa vida! — Em vez disso, ela orou primeiro e cuidou do marido com amor enquanto Deus preparava o coração dele. O Senhor sempre nos dará as palavras para dizer e nos mostrará quan¬do dizê-las se pedirmos isso a ele. O momento oportuno é tudo.
Conheci pessoas que usam a desculpa de serem "sinceras" para destruir outros com as suas palavras. A Bíblia diz: "O insensato expande toda a sua ira, mas o sábio afinal lha re¬prime" (Pv 29.11).
Em outras palavras, é insensato manifestar todo tipo de idéia e sentimento. Ser sincera não significa que você tem de ser completamente franca em todos os seus co¬mentários. Isso magoa as pessoas. Embora a franqueza seja um requisito para o casamento bem-sucedido, dizer a seu marido tudo o que há de errado com ele não é recomendável, pois isso provavelmente não corresponderá a toda a verdade.
A verdade total é aquela vista da perspectiva de Deus e ele, sem dúvida, não tem o mesmo problema que você tem com alguns atos de seu marido. Nosso objetivo não deve ser obri¬gar nossos maridos a fazerem o que nós queremos, mas sim entregá-los a Deus para que ele os leve a agir de acordo com o que o Senhor quer.
Tenha cuidado para distinguir a diferença entre o que é verdadeiramente certo e errado. Se o problema não se en¬caixar de modo claro numa dessas categorias, mantenha as suas opiniões pessoais para si mesma ou ore sobre elas e depois, conforme o Senhor a guiar, discuta-as calmamente.
A Bíblia diz: "Não te precipites com a tua boca, nem o teu coração se apresse a pronunciar palavra alguma diante de Deus; porque Deus está nos céus, e tu na terra; portanto sejam poucas as tuas palavras" (Ec 5.2). Há ocasiões em que você deve apenas ouvir e não dar conselhos; apoiar, e não fazer críticas construtivas.
Não estou sugerindo de forma alguma que você se torne um capacho tímido que nunca confronta seu marido com a verdade - em especial quando for para o bem dele. Sem dú¬vida você deve expressar claramente suas idéias e sentimen¬tos. Mas, uma vez que ele os tenha ouvido, não continue a pressioná-lo até que a questão se torne um ponto de discór¬dia e conflito.
Se tiver de dizer algumas palavras duras, peça a Deus para ajudá-la a escolher o melhor momento para isso. Ore pedindo as palavras certas e para que o coração de seu marido esteja totalmente aberto. Sei que será difícil se for algo que você está ansiosa para dizer. Mas, por mais difícil que pareça, é melhor deixar que Deus ouça primeiro, a fim de temperar as palavras com o seu Espírito.
Isto é especialmente verdadeiro quando a comunicação entre ambos cessou por completo e cada palavra só traz mais sofrimento. Gostaria de ter aprendido há mais tempo a orar antes de falar. Minhas palavras freqüentemen¬te provocavam uma reação defensiva em meu marido, resul¬tando em respostas ásperas, que ambos lamentávamos. Ele jul¬gava que, com as minhas sugestões, eu o estava pressionando a fazer ou a ser algo, embora eu sempre tivesse em mente o seu bem. Era preciso que Deus falasse com ele.
Quando vivemos pelo poder de Deus, em vez de pelas nos¬sas próprias forças, não temos de lutar pelo poder com nossas palavras. "Porque o reino de Deus consiste não em palavra, mas em poder" (1 Co 4.20).
Não são as palavras que dizemos que fazem diferença, mas o poder de Deus que as acompanha. Você ficará surpresa ao ver quanto poder as suas palavras têm quando ora antes de falar. Ficará ainda mais espantada com o que pode acontecer quando se cala e deixa Deus trabalhar.

Cristão ou Não
Se o seu marido não é cristão, provavelmente você já sabe qual será a reação dele ao falar-lhe sobre o Senhor, em espe¬cial se ele não respondeu das primeiras vezes em que você tentou falar a respeito. Não se trata de não poder dizer nada a ele, mas se o que você diz sempre é recebido com indiferen¬ça ou irritação, o passo seguinte é manter-se calada e orar. A Bíblia nos ensina que a mulher pode ganhar o marido sem di¬zer palavra, porque o que ele observa na esposa fala mais alto do que o que ela lhe diz. "Sejam ganhos (os maridos), sem palavra alguma, por meio do procedimento de suas espo¬sas" (1 Pe 3.1).
Mesmo que as coisas ainda não sejam como Deus afirma, ele nos fala a respeito delas como se já fossem realidade. Você pode fazer isso também. Pode dizer: — Não vou fingir, mas vou falar de coisas que não fazem parte da vida de meu mari¬do como se já fizessem. Embora ele não tenha fé, vou orar por ele como se tivesse. — É claro que você não pode forçá-lo a fazer algo que ele não quer, mas pode acessar o poder de Deus mediante a oração para que a voz do Senhor penetre a alma de seu marido.
Não importa quanto tempo você tenha de orar para que ele venha a conhecer a Deus; mesmo que leve a vida inteira, o tempo não terá sido desperdiçado. Enquanto isso, quer seu marido seja ou não cristão, você poderá fazer todas as orações deste livro por ele e esperar ver respostas impor¬tantes para elas.

Criando um Lar
Não me importo até que ponto você é liberada; se for casada haverá sempre duas áreas que no final das contas serão de sua responsabilidade: a casa e os filhos. Mesmo que você seja a única que trabalhe e que seu marido fique em casa para cuidar dos afazeres domésticos e dos filhos, espera-se que você mantenha sua casa como um santuário de paz - uma fonte de alegria, aceitação, rejuvenescimento, educação, des¬canso e amor para a sua família.
Além disso, espera-se que você seja sexualmente atraente, boa cozinheira, boa mãe, além de física, emocional e espiritualmente preparada. Isso é demais para a maioria das mulheres, porém as boas notícias são que você não precisa fazer tudo sozinha. Pode buscar a ajuda de Deus.
Peça ao Senhor para mostrar-lhe como tornar o seu lar um abrigo seguro, que proteja a sua família - um lugar onde exis¬ta criatividade e comunicação contínuas. Peça a Deus para ajudá-la a manter a casa limpa, a roupa lavada, a cozinha em ordem, a despensa e a geladeira cheias, e as camas arru¬madas.
Trata-se de coisas básicas pelas quais o homem talvez não elogie a esposa todos os dias (ou nunca), mas ele notará se não forem feitas. Meu marido pode não abrir o armário para procurar uma lâmpada ou uma pilha durante meses; mas, quando faz isso, quer que elas estejam lá. Ele também não quer sair tarde do trabalho e, ao chegar em casa certa noite, descobrir que não há pão para um sanduíche. Faço o máximo para que essas coisas não faltem.
Peço a Deus que me ajude a manter uma casa que leve meu marido a ter prazer em voltar para ela e em convidar os amigos. Não é necessário possuir mobília cara ou contratar um decorador para fazer tudo isso. Minha primeira casa era pequena e a mobília, de segunda-mão. Pintei-a inteirinha com a ajuda de uma amiga e a tornei aconchegante. Isso só exige um pouco de bom senso e cuidado.
Parte de tornar a casa um lar é permitir que seu marido seja o cabeça, para que você possa ser o coração. Tentar ser ambas as coisas é demais.
Deus colocou o marido como ca¬beça da família, quer ele mereça ou não, quer ele desem¬penhe essa função adequadamente ou não. Essa é a ordem de Deus para as coisas. Isto não significa que uma posição é mais importante do que a outra. Elas andam juntas.
Se o seu marido deve ser o cabeça da casa, você tem de permitir-lhe a liderança. Se você deve ser o coração do lar, terá de dar os passos necessários para isso, ainda que você contribua de modo relevante para o sustento financeiro. Tentar inver¬ter essa ordem dá lugar a um constante conflito.
Não estou querendo dizer que a mulher não pode traba¬lhar e que o marido não pode cuidar da casa; as atitudes do coração e da cabeça é que fazem a diferença. Houve sema¬nas, enquanto eu terminava um livro, em que meu marido to¬mou conta das crianças e da casa para que eu pudesse cum¬prir os prazos. Isso nunca depreciou a sua autoridade ou me fez usurpar a sua posição. Foi algo que ele fez por mim. Hou¬ve ocasiões em que ele precisou que eu trabalhasse para que ele pudesse descansar. Fiz isso por ele. Trata-se de um equilí¬brio delicado para a maioria das pessoas e, portanto, é melhor orar para que a integridade das duas posições no lar - cabeça e coração - não fiquem comprometidas.
Manter a ordem na casa não significa que ela tem de ser perfeita, mas não deve ficar fora de controle. Se você estiver trabalhando tanto quanto ele para o sustento da casa, as res-ponsabilidades domésticas devem ser compartilhadas. Se ele não quiser compartilhá-las, gastar uma certa quantia em dinheiro para que alguém ajude você algumas horas por sema¬na é mais barato do que um divórcio, um terapeuta, um médi¬co ou um funeral. Peça a Deus que lhe mostre o que fazer nes¬se caso.
Tudo o que eu disse sobre o lar se aplica também ao seu corpo, alma e espírito. Algum esforço deve ser feito para mantê-los. Ouvi certa vez um programa de rádio em que uma mulher telefonou para queixar-se a um psicólogo que o mari¬do lhe dissera que não era mais atraente.
O psicólogo res¬pondeu: — O que você está fazendo para ser atraente? — A mulher não teve resposta. O ponto é este: ser atraente não acontece por si só. Até as mulheres mais deslumbrantes do mundo fazem muito para manter sua aparência sempre atra¬ente.
A rainha Ester era uma das mulheres mais belas em seu país e mesmo assim ela passou um ano se embelezando antes de encontrar o rei.
Temos de perguntar a nós próprias a mesma coisa: — O que estou fazendo para me tornar atraente para meu ma¬rido? — Estou sempre limpa e cheirosa? Faço exercícios com freqüência para manter meu corpo interna e externamente sadio? Procuro preservar minhas forças e vitalidade com uma dieta sadia? Minhas roupas são atraentes? E, mais impor¬tante que tudo: Passo tempo a sós com Deus todos os dias? Garanto que quanto mais tempo você passar com o Senhor, mais radiante se tornará. "Enganosa é a graça e vã a formo¬sura, mas a mulher que teme ao Senhor, essa será louvada" (Pv 31.30).
Você precisa investir em si mesma, sua saúde e seu futuro. É egoísmo não fazer isso. Ore a Deus para mostrar-lhe os pri¬meiros passos e depois capacitá-la a dá-los. Convide o Espíri¬to Santo para habitar no seu coração e no seu lar.

Libertando-se das Expectativas
Estávamos casados há pouco quando, um dia, meu marido me telefonou do escritório e pediu que eu preparasse um pra¬to especial de frango para o jantar. Fui ao supermercado, comprei os ingredientes, preparei o prato e, quando ele che¬gou em casa, foi entrando e dizendo: — Não estou com von¬tade de comer frango hoje, prefiro carne. — Não é preciso dizer o que me passou pela mente, porque tenho a certeza de que você já sabe.
Este não foi um incidente isolado. Outros aconteceram com freqüência. Não posso enumerar as vezes em que Michael prometeu estar em casa para o jantar e dez minutos depois de o jantar estar pronto, telefonou para dizer que ia trabalhar até tarde e comeria com os colegas.
Aprendi final¬mente que não adiantava ficar zangada, magoada ou res¬sentida. Isso só piorava as coisas. Ele se colocava na defensiva por pensar que eu não entendia a sua situação. Compreendi que era mais saudável para nós dois se eu deixasse de lado minhas expectativas. A partir de então, preparava as refei¬ções apenas para mim e as crianças. Se Michael pudesse jun¬tar-se a nós, era uma surpresa agradável. Se não pudesse, eu conseguia sobreviver.
Aprendi que, quando coisas desagradáveis acontecem, é melhor lembrar-me das boas qualidades de meu marido. Re¬cordo-me de como ele me ajuda algumas vezes com os traba¬lhos domésticos e a cozinha. Ele é fiel e não me dá motivo para duvidar disso. É cristão e vai à igreja, lê a Bíblia, ora e possui padrões morais elevados. Ele me ama e a nossos filhos. Usa seus talentos para a glória de Deus. É um homem bom e generoso. As coisas poderiam ser bem piores, portanto não vou me queixar se ele está ou não em casa para o jantar.
Acho que, se eu pudesse ajudar uma recém-casada em qualquer área, seria para dissuadi-la de iniciar o casamento com uma enorme lista de expectativas e depois frustrar-se porque o marido não corresponde a elas. É claro que há al¬guns itens básicos que devem ser tratados antes do casamen¬to, tais como fidelidade, sustento financeiro, honestidade, bondade, decência, padrões morais elevados, amor e prote¬ção.
Se você não tiver essas coisas, poderá pedi-las. Se ainda assim não conseguir obtê-las, poderá orar. Mas, quando se trata de pontos específicos, você não pode exigir que uma úni¬ca pessoa satisfaça todas as suas necessidades.
O homem pode sentir-se excessivamente pressionado em ter de fazer isso e ainda realizar seus sonhos. Em vez disso, leve suas necessidades a Deus em oração e espere dele as res¬postas. Se tentarmos controlar nossos maridos com uma enorme lista à qual devem corresponder e depois ficamos zangadas quando eles não conseguem, nós é que estamos er¬radas. Os maiores problemas em meu casamento ocorreram quando minhas expectativas do que eu pensava que Michael devia ser ou fazer não coincidiam com a realidade de quem ele era.
Livre-se do maior número possível de expectativas. As mu-danças que você gostaria que ocorressem em seu marido ou que ele tenta fazer em si mesmo para agradar você estão condenadas ao fracasso e trarão desapontamentos para am¬bos. Em vez disso, peça a Deus para fazer quaisquer mu¬danças necessárias. Ele fará um trabalho muito melhor porque "tudo quanto Deus faz durará eternamente; nada se lhe pode acrescentar, e nada lhe tirar" (Ec 3.14).
Aceite seu marido como ele é e ore para que ele cresça. Depois, quando a mudança acontecer, será porque Deus trabalhou nele e ela será duradoura. "Somente em Deus, o minha alma, espera silenciosa, porque dele vem a minha esperança" (Sl 62.5). Suas maiores expectativas devem ser colocadas em Deus e não em seu marido.

Com Todo o Respeito Devido
É interessante que Deus exija que o marido ame a esposa, mas exige-se que a esposa tenha respeito pelo marido. "Não obstan-te, vós, cada um de per si, também ame a sua própria esposa como a si mesmo, e a esposa respeite a seu marido" (Ef 5.33).
Suponho que mulher alguma iria casar-se com um homem a quem não amasse, mas é comum que a mulher perca o respeito pelo marido depois de estarem casados há algum tempo. A perda de respeito parece preceder a perda de amor e é mais triste para o homem do que pensamos. As conseqüências podem ser muito sérias.
A mulher do rei Davi, Mical, viu seu marido dançando de alegria perante o Senhor na frente do povo, sem as suas ves¬tes reais e só com as roupas de baixo, quando a arca da alian¬ça estava entrando na cidade. Mical não só não participou da alegria dele, como também desprezou-o (2 Sm 6.16).
Ela criticou o marido em vez de compreender a situação sob a perspectiva de Deus. Mical pagou caro pela sua falta de res¬peito. O juízo de Deus fez com que não pudesse ter filhos.
Creio que não só trazemos infelicidade para os nossos casa-mentos e nossos maridos quando não os respeitamos, como isso também fecha a porta para uma nova vida em nós.
Em outro exemplo, a rainha Vasti se recusou a apresentar-se ao rei quando ele a chamou. O rei estava dando uma festa para seus amigos, ele se sentia alegre e queria exibir sua linda esposa. Tudo o que lhe pediu foi que pusesse roupas reais, colocasse a coroa de rainha e fizesse uma aparição real para os convidados. Ela recusou-se, sabendo muito bem que isso seria humilhante para ele. "Porém a rainha Vasti recusou vir por intermédio dos eunucos, segundo a palavra do rei, pelo que o rei muito se enfureceu, e se inflamou de ira" (Et 1.12).
O resultado foi que Vasti perdeu a sua posição de rainha. Ela não só fez um mal ao marido, o rei, mas também ao povo. A não ser que a mulher queira perder a sua posição como rai¬nha do coração do marido e magoar além disso a família e os amigos, ela não deve humilhar o esposo por mais que pense que ele o mereça. O preço é alto demais.
Se isto já lhe aconteceu e você está ciente de haver desres-peitado seu marido, confesse isso a Deus neste momento. Diga: — Senhor, confesso que não estimo meu marido da ma¬neira como a tua Palavra diz que devo. Há um muro em meu coração que sei foi levantado para proteger-me contra a possibilidade de ser magoada. Mas estou pronta a derrubá-lo para que meu coração possa curar-se.
Confesso as vezes que mostrei desrespeito por ele. Confesso, diante de ti, o pecado expresso em minha atitude e palavras desrespeitosas. Mos¬tra-me como desmanchar esta barreira sobre as minhas emo¬ções, a qual me impede de ter o amor incondicional que tu queres que eu tenha. Quebra o muro endurecido ao redor do meu coração e mostra-me como respeitar meu marido confor¬me desejas. Dá-me o verdadeiro amor por ele, Senhor, e ajuda-me a vê-lo da maneira como o vês.
Orar deste modo lhe permitirá ver o potencial de seu mari¬do para a grandeza, e não as suas falhas. A oração a capaci¬tará a dizer algo positivo que irá animar, edificar, dar vida e renovar seu casamento. O amor diminui se nos fixamos nos aspectos negativos.
O amor cresce se enfocamos os positivos. Quando você olhar seu marido através do coração de Deus, poderá enxergar com outros olhos. Haverá momentos em que você não conseguirá saber de onde seu marido vem, o que ele está sentindo e por que está fazendo as coisas que faz, a não ser que tenha o discernimento de Deus. Peça ao Senhor que o dê a você.
Quando estiver orando por si mesma - a esposa dele – lembre-se do modelo da esposa virtuosa da Bíblia. A passa¬gem diz que ela cuida da sua casa e faz isso muito bem. Sabe como comprar e vender, e faz bons investimentos. Mantém-se saudável e forte e se veste de maneira atraente. Trabalha com diligência e possui habilidades lucrativas. É generosa e se pre¬para conscienciosamente para o futuro. Contribui para a boa reputação do marido. É forte, íntegra, honrada e não teme envelhecer. Fala com sabedoria e bondade. Não permanece ociosa, mas observa cuidadosamente o que se passa em sua casa. Seus filhos e marido a louvam. Ela não confia na beleza exterior, mas sabe que o temor do Senhor é seu maior atra¬tivo. Apóia o marido e mantém uma vida pessoal proveitosa que fala por si mesma (Pv 31).
Esta é uma mulher surpreendente, o tipo de mulher que só podemos tornar-nos mediante a capacitação de Deus e nossa rendição a ele. O resultado é que ela é uma mulher cujo marido confia nela porque "lhe faz bem, e não mal, todos os dias da sua vida" (v.12). Creio que o "bem" mais importante que a mulher pode fazer para o marido é orar. Você me acompanha?

Oração
Senhor, ajude-me a ser uma boa esposa. Compreendo muito bem que não conseguirei isso sem a sua ajuda. Tome o meu egoísmo, impaciência e irritação e transforme-os em bondade, longanimidade e disposição para suportar tudo. Tome meus velhos hábitos emocionais, mentalidade, reações automáticas, suposições rudes e posição autoprotetora e tome-me paciente, bondosa, fiel, gentil e autocontrolada. Tome a dureza do meu coração e derrube os muros com o seu aríete da revelação. Dê-me um novo coração e trabalhe em mim o seu amor, paz e ale¬gria (Gl 5.22,23). Não posso ser mais do que sou neste momento. Só o Senhor pode transformar-me.
Mostre-me onde há pecado em meu coração, especialmen¬te com relação ao meu marido. Confesso as vezes em que mos¬trei falta de amor, fui crítica, zanguei-me, ressenti-me, fui des¬respeitosa ou não pude perdoá-lo. Ajude-me a livrar-me de qualquer mágoa, ira ou desapontamento que possa sentir e a perdoá-lo como o Senhor faz - total e completamente, sem ressentimentos. Faça de mim um instrumento de reconciliação, paz e cura neste casamento. Capacite-nos para nos comu¬nicarmos bem e livre-nos do limiar da separação que leva ao divórcio.
Faça de mim a ajudadora, companheira, defensora, amiga e o apoio de meu marido. Ajude-me a criar um lugar tranqüilo, repousante e seguro para o qual ele possa retornar ao fim do dia. Ensine-me a cuidar de mim mesma e a permanecer atraen¬te para ele. Faça com que eu cresça e me tome uma mulher criati¬va e confiante, rica de mente, alma e espírito. Faça de mim o tipo de mulher do qual ele possa orgulhar-se como esposa.
Coloco todas as minhas expectativas na sua cruz. Liberto meu marido do fardo de satisfazer-me em áreas em que devo esperar isso do Senhor. Ajude-me a aceitá-lo como ele é e não procurar mudá-lo. Compreendo que em alguns aspectos ele talvez nunca mude; mas, ao mesmo tempo, eu o libero de mu¬dar em coisas que jamais pensei que ele poderia. Deixo quais¬quer mudanças que precisem ser feitas nas mãos do Senhor, aceitando plenamente que nenhum de nós dois é perfeito e ja¬mais será. Só o Senhor, meu Deus, é perfeito e peço que nos aperfeiçoe.
Ensine-me a orar por meu marido e a fazer das minhas ora¬ções uma verdadeira linguagem de amor. Onde o amor morreu, renove-o, Senhor. Mostre-me como é de fato o verdadeiro amor e como compartilhá-lo com meu marido. Traga unidade entre nós, para que possamos concordar em tudo (Am 3.3).
Que o Deus da paciência e do consolo nos conceda ter o mesmo senti¬mento de um para com o outro, segundo Cristo Jesus (Rm 15.5). Faça de nós uma equipe, trabalhando juntos, ignorando as fa¬lhas e fraquezas mútuas para o bem maior do casamento e não seguindo vidas separadas, competitivas ou independentes.
Ajude-nos a buscar as coisas que promovem a paz e aquelas com as quais possamos edificar um ao outro (Rm 14.19). Que possamos ser "inteiramente unidos na mesma disposição mental e no mesmo parecer" (1 Co 1.10).
Oro para que o nosso compromisso com o Senhor e um com o outro fique cada dia mais forte. Capacite-o para ser o chefe da casa como o Senhor o fez para ser e mostre-me como apoiá-lo e respeitá-lo enquanto ele procura desempenhar essa posição de liderança. Ajude-me a compreender os seus sonhos e ver as coisas da perspectiva dele.
Revele-me o que ele quer e o que precisa e mostre-me os problemas em potencial antes de ocor¬rerem. Sopre a sua vida, o Deus, neste casamento.
Faça de mim uma nova pessoa, Senhor. Dê-me uma nova perspectiva, um ponto de vista positivo e uma relação renovada com o homem que o Senhor me deu. Ajude-me a vê-lo com novos olhos, nova apreciação, novo amor, nova compai¬xão e nova aceitação. Dê a meu marido uma nova mulher, e que seja eu.

Instrumentos de Poder
Por isso vos digo que tudo quanto em oração pedirdes, crede que recebestes, e será assim convosco. E, quando estiverdes orando, se tendes alguma coisa contra alguém, perdoai, para que vosso Pai celestial vos perdoe as vossas ofensas.
Mc 11.24,25

Antes, sede uns para com os outros benignos, compassivos, perdoando-vos uns aos outros, como também Deus em Cristo vos perdoou.
Ef 4.32

Pedi, e dar-se-vos-á; buscai, e achareis; batei, e abrir-se-vos-á. Pois todo o que pede recebe; o que busca encontra; e a quem bate, abrir-se-lhe-á.
Mt 7.7,8

Com a sabedoria edifica-se a casa, e com a inteligência ela se firma; pelo conhecimento se encherão as câmaras de toda sorte de bens, preciosos e deleitáveis.
Pv 24.3,4

E não nos cansemos de fazer o bem, porque a seu tempo ceifaremos, se não desfalecermos.
Gl 6.9

ORANDO PELO TRABALHO DO SEU MARIDO

FONTE: O PODER DA ESPOSA QUE ORA DE STORMIE OMARTIAN


SOU UMA MULHER AMADA, ACEITA, VALORIZADA,UNGIDA, ABENÇOADA, CONTROLADA, SÁBIA E VITORIOSA EM TODAS AS ÁREAS DA MINHA VIDA.
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